segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Simplesmente, Tom


Pintura "Tom Jobim", de Nilton Ramalho
Nascido no bairro da Tijuca e criado por sua família em Ipanema, Antônio Carlos Jobim, o Tom, foi o compositor brasileiro mais famoso dentro e fora do Brasil nas últimas décadas do século XX. Começou a sua carreira como pianista tocando em vários "inferninhos" da cidade do Rio de Janeiro, bares e boates em Copacabana, como o Beco das Garrafas no início dos anos 50, mas foi somente alguns anos mais tarde que o saudoso Tom deu início à sua carreira como compositor.

Sua carreira foi marcada por grandes parcerias, como as realizadas com Dolores Duran, Billy Blanco e seu velho amigo de juventude na praia de Ipanema, Newton Mendonça, com quem lançou clássicos da bossa-nova, tais como "Samba de uma nota só" e “Chega de saudade”.

Seu sucesso e fama internacional vieram em meados do ano de 1961, pouco depois de compor a "Sinfonia de Brasília" em parceria com Vinícius de Moraes, quando suas músicas "Samba de uma nota só" e "Desafinado" emplacaram as grandes paradas de sucesso dos EUA, dando início à febre da Bossa Nova nos Estados Unidos e, em seguida, em todos os cantos do mundo, consagrando Tom Jobim internacionalmente como o grande dissiminador da Bossa Nova.

No ano seguinte, em Nova York, Tom foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall e em 1963 compôs em parceiria com Vinícius um de seus maiores sucessos, a "Garota de Ipanema", que é provavel que tenha se tornado a canção brasileira mais tocada no exterior. Neste mesmo período, produziu também incontáveis outros clássicos como o "Samba do Avião", "Ela é Carioca" e "Inútil Paisagem".

Apaixonado pela simplicidade em sua vida, mesmo com todo o sucesso que obteve com a projeção de sua carreira nacional e internacionalmente, Antônio Carlos Jobim se manteve uma pessoa simples e amigável. Não era muito vaidoso e estampava um sorriso sincero em sua face moldada pelos cabelos nem sempre bem cuidados. As coisas simples lhe serviam como inspiração, sendo o foco de suas poesias que também exaltavam as belezas naturais do Rio de Janeiro, de forma adorável e despojada, quase sempre cantando o amor.



Garota de Ipanema
(Antônio Carlos Jobim / Viní­cius de Moraes)

Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Seu doce balanço, a caminho do mar

Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar

Ah, porque estou tão sozinho
Ah, porque tudo é tão triste
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha

Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor [Bis]



Agradecimentos
Eu gostaria de agradecer à minha amiga Danielle Ramalho e seu pai, Nilton Ramalho, que gentilmente cederam o direito de reproduzir a pintura "Tom Jobim", de Nilton Ramalho, neste post.


Nenhum comentário:

Postar um comentário