sábado, 18 de dezembro de 2010

Jorge Selarón



Jorge Selarón, artista plástico e pintor autodidata, nasceu no Chile no ano de 1947. Aventureiro, passou por mais de 50 países antes de chegar ao Brasil em 1983. Por um período chegou a ser professor de tênis para se sustentar, no entanto nunca largou a pintura, tendo participado de várias exposições pelo mundo, em países como os EUA, México, Índia, Panamá e outros lugares, incluindo também alguns países da Europa.

Selarón foi tão bem acolhido pelo povo brasileiro que, como agradecimento, decidiu deixar uma homenagem ao país. No ano de 1990, Selarón já era um dos personagens mais conhecidos da Lapa, famoso por suas obras que na sua grande maioria retratavam mulheres negras grávidas. No mesmo, ele começou o seu trabalho na escadaria do Convento de Santa Teresa, que ficava ao do lado de sua casa, na Rua Teotônio Regadas. Até então, a escadaria era suja, cinza e sem atrativos.

A escadaria de 215 degraus e 125 metros que liga a Lapa ao bairro de Santa Teresa ganhou as cores da bandeira brasileira em virtude da copa de 94. Com mais de 2 mil azulejos inteiros ou em cacos, provenientes de mais de 80 países e que foram adquiridos como presentes de turistas estrangeiros, presentes de amigos brasileiros, adquiridos no comércio brasileiro, obtidos em demolições e ainda criados pelo próprio artista, Selarón decorou a escada, criando também um jardim suspenso, feito com banheiras antigas.

No auge de sua obra, Selarón só parava de produzir quando acabavam os recursos para comprar material. Nessa hora, pintava quadros para juntar dinheiro e poder voltar à sua obra, sempre em um ritmo alucinante. Foi preciso vender cerca de 25 mil telas para poder completar a escadaria.

Uma das características mais marcantes de Selarón, é o uso excessivo da cor vermelha nos mosaicos, em suas vestimentas e em tudo mais. Seu grande sonho é manter a sua obra, da qual cuida dia após dia, e que sempre se renova, pois o artista de vez em quando troca alguns azulejos. Uma nova peça tomo o lugar de outra já fixada, que por sua vez toma outra posição na escadaria. Em suas palavras, Selarón diz “só acabarei este sonho louco e inédito no último dia da minha vida”.

A escadaria do Convento de Santa Teresa, mais conhecida como Escadaria Selarón, virou ponto turístico carioca. Foi cenário de clipes e comerciais, reportagem para revistas e jornais no mundo inteiro, incluindo programas da National Geographic Channel e muitos outros importantes veículos de comunicação relacionados à área da Cultura.

Responsável também por obras nos arcos da Lapa, Selarón levou os cineastas brasileiros José Roberto Mesquita e Renata Brito a produzir um documentário sobre o artista e suas obras, entitulado "Selarón, a grande loucura".

A escadaria foi tombada como patrimônio da cidade do Rio de Janeiro e Selarón recebeu da mesma, no ano de 2005, o título de Cidadão Honorário do Município do Rio de Janeiro, recebendo a Medalha Pedro Ernesto.

Os interessados em colaborar com a obra de Jorge Selarón podem colaborar com o projeto enviando seu azulejo para:

Jorge Selarón
Rua Manoel Carneiro, 24 - Lapa
Rio de Janeiro - RJ
CEP 20021-360

Fim e começo de ano com muito samba!

Fim e começo de ano com muita alegria, descontração e samba no pé. Esta é a grande pedida para todas as quartas-feiras e sábados de dezembro e de janeiro com o grupo Samba de Esquina!




Hoje, dia 18 de dezembro, teremos uma apresentação no melhor estilo de samba de roda do grupo Samba de Esquina e convidados no Tulipa da Lapa, às 19:30, com abertura do Grupo Trevo, que apresenta o melhor da música popular brasileira, contando ainda com um DJ nos intervalos tocando todos os ritmos. Esta programação para os sábados irá se repetir por todo o mês de dezembro/2010 e janeiro/2011!


Já nas quartas de dezembro e de janeiro, o grupo Samba de Esquina estará marcando presença e fazendo bonito no Lapa na Pressão, apresentando o melhor do mais autêntico e genuíno samba carioca.


Endereços:


Tulipa da Lapa
Sábados, às 19:30 hs
Rua do Resente, 36 - Lapa
Reservas: (21) 2221-0401


Lapa na Pressão
Quintas,  às 19:00 hs
Rua Mem de Sá, 59 - Lapa
(logo depois dos Arcos da Lapa e posto de gasolina, no lado esquerdo)


Se você quiser conhecer um pouco mais sobre o grupo Samba de Esquina, confira o site deles e também o canal deles no You Tube!


Fica ai a dica.
Abraços!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fluminense, um clube popular

Quando Oscar Cox fundou o Fluminense Football Club em 21 de julho de 1902, numa sede localizada no número 51 da Rua Marquês de Abrantes, no Flamengo, não poderia imaginar que um clube marcado pela nobreza logo tomaria o gosto popular. Desde os seus primórdios, o Tricolor teve entre seus sócios e freqüentadores representantes das famílias mais tradicionais do Rio de Janeiro. Hoje, o clube está entre as 10 maiores torcidas do país. A sua bela sede das Laranjeiras, de aspecto europeu, contrasta com a paixão unicamente brasileira de seus torcedores. 

Oscar Cox chegou da Suíça, em 1897, com a idéia de formar um time de futebol (o que só aconteceria quatro anos mais tarde), e ao mesmo tempo trouxe pela primeira vez para o Rio o esporte que seria o mais popular do Brasil dentro de pouco tempo. Desde a sua fundação, o Fluminense foi pioneiro das evoluções do futebol no Rio. 


Em 1903, na estréia do grená, branco e verde como cores oficiais, em substituição ao branco e cinza, o Fluminense disputou a primeira partida no Rio de Janeiro com ingressos pagos. O agora Tricolor perdeu por 3 a 0 para o Paulistano com um público de 996 pessoas. 

O Fluminense começou a se desprender totalmente da elitização a partir da primeira metade da década de 20, quando o futebol brasileiro finalmente penetrou nas camadas mais baixas da sociedade. O clube das Laranjeiras, nessa época, foi um dos pioneiros na luta pela profissionalização dos jogadores, deixando de restringir a prática do futebol aos associados dos clubes. 

Mas foram as grandes conquistas nos gramados que alçaram o Fluminense a um dos clubes mais populares do Brasil. Ainda quando o futebol engatinhava, o Tricolor consolidava sua condição de elite, não social, mas esportiva, com o tetracampeonato estadual 1906-1909. 

Nos anos que se seguiram, o Fluminense jamais deixou de ser um ícone do esporte brasileiro, não só no país, mas também no mundo. O Tricolor fascinou pela sua disciplina e recebeu do Comitê Olímpico Internacional, em 1949, a Taça Olímpica, pelos serviços prestados ao esporte. 

Três anos mais tarde, em 1952, quando o Maracanã ainda chorava a perda da Copa do Mundo para o Uruguai, em 1950, o Fluminense fez o maior estádio do mundo voltar a sorrir conquistando ali a Copa Rio, primeira versão do Mundial Interclubes. Com Castilho, Píndaro, Bigode, Telê e Zezé Moreira no comando, o Tricolor fez crescer a auto-estima do povo carioca batendo Sporting, Grasshoppers, Peñarol, Austria Vienna e o Corinthians, na final, levando a taça. 

Já consolidado como um dos maiores clubes do Brasil, o Fluminense continuava a encher de orgulho torcedores de todas as classes sociais com seus títulos e times memoráveis. No Rio de Janeiro, a hegemonia permanece desde a Máquina Tricolor de Rivelino, que conquistou o bi de 1975-76 até o time comandado por Abel Braga, que levantou o 30º Campeonato Estadual, em 2005.

Ontem, dia 5 de dezembro, o Fluminense conquistou o campeonato brasileiro de 2010 com uma bonita vitória sobre o Guarani, por 1x0, quebrando um jejum de 26 anos. O título foi muito mais do que merecido à equipe tricolor, que está de parabéns.



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